Dino disse que não faria esse “discurso hipócrita” se essa possibilidade não existisse. Declara que, ao chamá-lo, pejorativamente de um dos governadores “de paraíba”, Bolsonaro lançou seu nome na disputa e deu um rosto à oposição a seu governo.
Diz, textualmente: “O Bolsonaro já fez esse lançamento, mas é sem dúvida um lançamento precoce. O que existe é uma possibilidade. mas, como tal, ou seja, como uma possibilidade. Não é um determinismo, uma decisão, uma deliberação, não é um desígnio. É apenas uma possibilidade”, prognosticou.
Ser presidente da República, para o governador do Maranhão não é um projeto, é um destino: “Quem imaginou que Bolsonaro iria ser presidente? Ninguém, mas ele é. Depende mais de valores exógenos, externos, do que propriamente de um desejo”.
Para Dino, há um longo caminho a ser percorrido até 20122, já que o principal representante da esquerda, o ex-presidente Lula, não pode ser candidato, e, assim, a esquerda tem que se reorganizar. Em seguida, Dino nega que esteja pensando em deixar o PCdoB, perlo fato de ter conversado recentemente com a cúpula do PSB. Diz ter orgulho de pertencer ao partido mais antigo do Brasil e que qualquer posição a tomar tem que ser de acordo com a Partido Comunista.
Para ele, as novas regras eleitorais, que estabelecem o fim das coligações e cláusula de barreira, vão fazer com que o sistema eleitoral brasileiro seja redesenhado. Para isso, ele defende a tese da federação partidária em que vários partidos se uniriam numa frente para disputar eleições majoritárias.
Nesse caso, ele pode participar desse rearranjo partidário, desde o PCdoB, como partido, esteja de acordo.