O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro permaneceu em silêncio durante questionamentos dos parlamentares
Por O Globo/Fotos Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), iniciou seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, citando suas funções no cargo e trajetória militar. Na fala de oito minutos e quinze segundos, mencionou os oito inquéritos em que é investigado, como a fraude dos cartões de vacinação e a suposta tentativa de golpe de estado, explicou como é feita a seleção dos ajudantes de ordem do presidente e fez questão de indicar que não havia vínculo pessoal entre ele e o ex–mandatário do Planalto. Depois disso, silêncio. Nem a sua idade informou.
— Minha defesa técnica impetrou um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal requerendo, em razão da minha condição de investigado, a concessão de me assegurar o direito de ficar em silêncio, em razão de questionamentos que possam me incriminar em temas que estão correlacionados a investigação. A ordem foi parcialmente concedida pela ministra Carmen Lúcia — disse Cid — Por respeito então ao poder judiciário, meus advogados me orientaram que minha defesa técnica deve ocorrer perante ao órgão com competência para decidir sobre as condutas que me são imputadas, afinal o mandamento constitucional — concluiu.
A expressão do silêncio de Mauro Cid
Mauro Cid usou de seu direito de habeas corpus e optou por ficar em silêncio em seu depoimento à CPMI.
As expressões do silêncio de Mauro Cid
Boca fechada, literalmente…
Assim, o oficial superior não respondeu os questionamentos feitos por deputados e senadores. Entre tentativas de respostas, ele reiterava a posição.
Apesar de não compor o colegiado da Comissão, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi ao plenário onde acontece a sessão para cumprimentar o tenente-coronel Mauro Cid. O ex-vice-presidente da República deixou a sala em seguida.
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FOTOS: As expressões de Mauro Cid na sessão da CPI do 8 de janeiro
O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro permaneceu em silêncio durante questionamentos dos parlamentares
Por O Globo
11/07/2023 19h17 Atualizado 11/07/2023
As expressões do Mauro Cid durante a sessão da CPMI do 8 de JaneiroLula Marques / Agência Brasil
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), iniciou seu depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira, citando suas funções no cargo e trajetória militar. Na fala de oito minutos e quinze segundos, mencionou os oito inquéritos em que é investigado, como a fraude dos cartões de vacinação e a suposta tentativa de golpe de estado, explicou como é feita a seleção dos ajudantes de ordem do presidente e fez questão de indicar que não havia vínculo pessoal entre ele e o ex–mandatário do Planalto. Depois disso, silêncio.
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— Minha defesa técnica impetrou um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal requerendo, em razão da minha condição de investigado, a concessão de me assegurar o direito de ficar em silêncio, em razão de questionamentos que possam me incriminar em temas que estão correlacionados a investigação. A ordem foi parcialmente concedida pela ministra Carmen Lúcia — disse Cid — Por respeito então ao poder judiciário, meus advogados me orientaram que minha defesa técnica deve ocorrer perante ao órgão com competência para decidir sobre as condutas que me são imputadas, afinal o mandamento constitucional — concluiu.
As expressões do silêncio de Mauro Cid
11 fotos
Mauro Cid usou de seu direito de habeas corpus e optou por ficar em silêncio em seu depoimento à CPMI.
Assim, o oficial superior não respondeu os questionamentos feitos por deputados e senadores. Entre tentativas de respostas, ele reiterava a posição.
Apesar de não compor o colegiado da Comissão, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi ao plenário onde acontece a sessão para cumprimentar o tenente-coronel Mauro Cid. O ex-vice-presidente da República deixou a sala em seguida.
Mourão cumprimenta Cid na CPI — Foto: Lauriberto Pompeu
Gesto semelhante foi adotado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho “01” de Jair Bolsonaro, que é suplente na comissão, cumprimentou Mauro Cid antes de seu depoimento na CPMI do 8 de janeiro. Assim como Mourão, deixou a sessão em seguida.
O senador Flávio Bolsonaro cumprimenta Mauro Cid na CPI do 8 de janeiro — Foto: Reprodução
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), que também é militar e foi a primeira indígena a integrar as Forças Armadas, prestou continência para o ex-ajudante de ordens. Na reserva, a parlamentar chegou ao posto de primeiro-tenente, e explicou sua saudação a Cid.