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São Luís (MA), 16 de abril de 2025

Nomeação de Pedro Lucas pode ir pro beleléu

Depois que 67,7% dos deputados do União Brasil, partido de Lucas, assinaram o requerimento de urgência do projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro, governistas avaliam que a permanência do partido no Ministério das Comunicações corre risco.
Agora é o União Brasil, partido do ministeriável, que está colocando água fria no mingau de Lucas

A nomeação do líder do União Brasil, Pedro Lucas, para o Ministério das Comunicações voltou a ser criticada por uma ala do partido e corre o risco de não se concretizar.

Depois que 67,7% dos deputados do partido, 40 de 59 parlamentares, assinaram o requerimento de urgência do projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro, governistas avaliam que a permanência do partido no Ministério das Comunicações corre risco.

A ala oposicionista do União Brasil, por sinal, já defende a entrega oficial da pasta na próxima semana, depois do feriado da Semana Santa.

O União Brasil tem três ministérios: Desenvolvimento e Integração Regional, que representa os senadores, e Turismo e Comunicações. Pedro Fernandes havia pedido ao presidente Lula para oficializar sua entrada no governo apenas depois da Semana Santa.

Ele queria tempo para articular com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, um nome para seu lugar na liderança da legenda ligado à ala governista.

Agora, com quase 70% dos deputados assinando a urgência da anistia, a situação do partido com o Palácio do Planalto ficou no campo das incertezas.

A expectativa era que pelo menos metade da bancada ficasse ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rejeitando a anistia aos golpistas de 8 de janeiro.

Além do União Brasil, outro partido com três ministérios no governo registrou uma elevada dissidência. A maioria da bancada do PSD na Câmara, 52,2%, ou 23 dos 44 deputados, também aderiram ao requerimento de urgência da anistia.

Mesmo tendo também três ministérios no governo, Agricultura, Pesca e Minas e Energia, o partido não seguiu a orientação do Palácio do Planalto.

Integrantes do PSD alegam que o comando do partido já vinha alertando o governo sobre a insatisfação da bancada.

No caso da Câmara dos Deputados, eles alegam que não se sentem representados pelo Ministério da Pesca. No Senado, integrantes do partido dizem que o Ministério de Minas e Energia passou a ser da cota pessoal de Lula.

Ao todo, das 262 assinaturas válidas no requerimento de urgência, nada menos do que 146 vieram de deputados filiados a partidos que têm ministérios no governo Lula.

Agora, o Palácio do Planalto vai avaliar como proceder em relação a parlamentares que, mesmo tendo cargos no governo, decidiram assinar o documento do PL.

Um líder governista diz que retaliar pode ser uma política de alto risco. Afinal, o governo tem votações consideradas prioritárias para o presidente Lula no legislativo, como o projeto que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil.

“Vamos depender desses infiéis ainda, como lidar com eles agora pode complicar futuras votações”, alerta um líder governista.

Do G1 – Globo

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