Tudo indica que os grupos políticos do governador Carlos Brandão e do ex-governador/senador Flávio Dino- hoje ministro do STF – que estavam estremecidos politicamente, podem agora se reconciliar. A sinalização veio com a nomeação do petista José Antônio Heluy para subsecretário da Educação, pasta já comandada pelo atual vice-governador e aliado de Dino, Felipe Camarão, e da qual se afastou, insatisfeito com a condução do governo por Brandão.
A Secretaria de Estado da Educação, uma das mais importantes do governo, é hoje comandada por Jandira Dias, que pode deixar o posto para o PT indicar outro nome, e praticamente consolidar a reaproximação política. Outro petista que passará a integrar o governo Brandão é o sindicalista Kleber Gomes, nomeado para a função de superintendente de Articulação Regional da Secretaria de Estado de Articulação Política, cargo que era ocupado por Heluy.
Na mesma esteira, o chefe do Executivo maranhense nomeou o ex-deputado Raimundo Cutrim para o cargo de secretário de Estado de Assuntos Legislativos. Ele seria encarregado para também ‘serenar’ os ânimos na Assembleia Legislativa, onde deputados ‘dinistas’ têm se comportado como verdadeiros “siris na lata”, fazendo oposição ao governo, com a corda sendo esticada principalmente pelo ex-presidente da AL, Othelino Neto, e os deputados Carlos Lula e Rodrigo Lago, respectivamente, ex-secretários de Saúde e de Agricultura Familiar de Flávio Dino, deputados Carlos Lula e Rodrigo Lago
O ex-deputado estadual e ex-secretário de Segurança Pública, ‘xerife’ Raimundo Cutrim chegou a ser cogitado secretário de Segurança no início do governo, mas teria abdicado para indicar o delegado Maurício Martins. Mas, graças à crise, agora chegou a vez de Cutrim, como pacificador e apagador de incêndios.
O vice-governador Felipe Camarão, há dias, vinha dando sinais sobre a reaproximação do seu grupo com o de Brandão. Isso não teria acontecido por acaso: um encontro entre o ministro Flávio Dino e o governador, no sentido de acalmar os ânimos, teria ocorrido em Brasília . A partir daí, o vice-governador Felipe Camarão, passou a emitir sinais sobre a reaproximação do seu grupo com o de Brandão. Até porque Brandão já vinha ameaçando não deixar o governo e sinalizando que poderia ter candidato próprio, no caso o sobrinho Orleans Brandão.
A solução do impasse resultaria na saída de Brandão do governo, em maio de 2026, abrindo caminho para que o vice petista Felipe Camarão assumisse e se viabilizasse candidato a governador, no cargo. Seria mesmo?